memórias...de infância
o pulsar do tempo alucinado
cego, tanta a obscuridade
rumor nas pétalas que se perdem
saudade...saudade!
vôo lento duma gaivota
silêncio e nostalgia
já nada me derrota!
nem o rosto reflectido nas águas
nem a noite nem o dia
nem as mágoas
nem a morte!
nem sonhos nem pesadelos
nem o medo ou a loucura
faço de tudo aceitação
enquanto palpitar meu coração.
nesta avidez do tempo
dentro de mim um apagão
foge a memória como o vento
restam pedaços de recordação
nada devolve da vida o ardor,
a face perdida, o corpo em flor.
natália nuno
partiu destes pequenos poemas
a minha vontade de escrever, ficaram-se pelo papel
e agora vou soltando um a um, mesmo sabendo
que são castos........