as paredes antigas fascinam-me... ninguém, nem o tempo consegue tirar-lhes o ar misterioso, guardam segredos dos que perderam o norte, deixando saudade ou quem sabe sabor amargo com a sua ausência...parece que alguém aguarda por detrás ... quando as olho consigo abstrair-me da realidade... e quando a chuva cai do céu e o vento não cala, mantêm-se nelas as cores sombrias duma primavera empalidecida, resta o sol na memória de primaveras risonhas dentro das quatro paredes... fico no sonho, o outono cala as minhas sombras, desespera por cobrir a solidão que se faz sentir no peito, apesar da beleza a folhagem vai caindo como um pranto ao acaso e, sem medo levada pelo vento norte, à sorte... as folhas são lembranças soltas, virá de novo a primavera e logo depois dar-se-á o renascimento... só a vida não volta!
natalia nuno
Profundas, melancólicas e lindas palavras! beijos, chica
ResponderEliminarGrata amiga, pela visita e leitura da minha prosa.
ResponderEliminarBom fim de semana
beijinho