dentro de mim mesma rebusquei
um pouco de claridade qual milagre,
pra esquecer a solidão
em que na escuridão me tranquei
flor mirrada, ressequi ao acabar
o verão.
não me procurem na poesia
que ganhei asas e parti desta monotonia,
quero ir além dos sonhos onde nunca vivi
quero ser como o orvalho que se deita
livremente na relva, acariciando
quero ser o vento silvando,
que a minha força se erga outra vez
quero ver o cintilar da luz na água
e depois talvez, esquecer a mágoa
sou um ser inquietante no poema
as metáforas, rasgaram-me a emoção
não quero ser eu o tema
dum poema sem coração
ponho as mãos em descanso
e às letras dou liberdade
na direcção além do sonho avanço
deixo fluir a saudade.
natalia nuno
rosafogo
É todo ele coração, este teu Poema Sem Coração, Natália!
ResponderEliminarAbraço grande!
Ah amiga se soubesses do meu contentamento por vires ler as minhas coisas tão pequeninas comparando com as tuas, sinto-me uma privilegiada, pois considero-te a maior Poeta do nosso tempo e um dos seres mais amáveis que conheço. Obrigada Mª João, fico até sem palavras para te dizer o quanto te fico agradecida.
ResponderEliminarSaúde amiga, abraço-te