puseste a mão na minha cintura
vi estrelas na noite a brilhar
eras um rio de ternura
de mansinho na madrugada,
em mim a desaguar
tantas lembranças serenas
tempo de fascínio, o pulsar da magia
eu, e tu apenas
a quebrar o silêncio na casa vazia
deixei-me aprisionar
até que o dia a noite afogou
e trouxe gotas de mel ao teu olhar
que o outono suavizou...
o perfume dos teus beijos
é o momento para cair de novo
no abandono dos teus braços
alheia à vida, numa volúpia tardia
amar, amar era o que mais queria
na margem do teu rio que me abriga
numa plenitude sem idade
enquanto um bando de pássaros
canta lá fora a sua cantiga.
fica o coração abater em lentidão
surge a saudade,
como um último vento de verão
e na aurora do desejo... só mais um beijo.
natalia nuno
rosafogo
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