sábado, 11 de junho de 2016

poema indizível...



nesta hora frouxa nada perdura
será que tudo foi em vão?
o amor a ternura,
tudo não passou de ilusão?
cantarei  a saudade dobrada
alegremente, solta, embora insegura,
a cada dia dos que me resta viver
adornada de amor e dor, amuos,
no peito às vezes dureza e amargor,
farei nascer suave balada
balada de amor.

trago comigo a força do mar
não deixarei  nosso amor abrandar,
chegou a hora, o momento fadado
para fazer falar, 
esse teu olhar calado...
abre-se a nossa manhã com um arrolhar
de rolas...
na noite deixei as estrelas e a saudade
a crepitar no coração
deixei-me de desvarios, já não me sei
só sei, que atei o meu destino ao teu,
perdi o tempo, avanço por degraus na penumbra
no fundo da obscuridade
surge uma luz,  e no meu ser ainda vivo
há pulsações de saudade.

natalia nuno
Fussen, 08/06/2016

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