Já o sol vai sobre as montanhas
outras vidas o aguardam
deixa saudades tamanhas
leva o calor nas entranhas
tempestades d' amor não tardam.
e lá vamos nesta labuta que é viver
aproveitando de Deus a oferta
deixando à esperança a porta aberta.
levo a marcha dos meus pés por diante
o passado já vai distante
passou a vida num murmúrio
ponho olhos no caminho
e sigo devagarinho
com meu passo já inseguro
e as lágrimas que não chorei
hei-de chorar algum dia!
quando o coração estiver deserto
de alegria,
e o cobrir a noite escura
lembrarei histórias antigas
e chorarei de ternura
ao lembrar quem me as contou
e que a morte já levou,
e depois do sol posto
com uma lágrima no rosto
olharei uma estrela riscando o céu
de breu será a noite,
amparada numa esquina
a saudade... e eu menina
caminhando, para a eternidade.
natália nuno
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