Embaciaram os vidros
ficou a memória confusa
e o caminho mais pálido
já não me arrancam sorrisos
andei léguas com passos indecisos
até chegar ao horizonte tão meu
onde a infância é já só uma fábula
onde os verdes já são pardos
turvo o azul do firmamento
e na penumbra o pensamento.
A manhã me oprime, o sol me ignora
a tarde me cega, logo a escuridão
e logo a aurora a urdir novo dia
e é mais um sonho que se abrevia
caminho já sem meus passos
fora de mim, distante,
amor já não é anseio
já não abraçam meus braços.
Ah...mas o sonho sempre germina!
E o coração envelhece mas não pára de amar
o amor a vida domina
e é sempre ele que ergue do silêncio
e nos vem embriagar...
natalia nuno
rosafogo
ResponderEliminarOlá Natália,
Este entrosamento onde o passado levanta mais uma ponta da sua existência chamando a si a saudade. Mas em contraponto, temos a força do presente bem vivo e dinâmico onde o sonho continua a dar provas da sua existência! Que não se esconde, não desarma, vai á luta!
Esta é alma da poeta que mais uma vez dá provas de ainda ter muito a dar á poesia! Venham mais, muitos mais!
Tudo de bom para ti querida amiga.
beijos
João
Olá João
ResponderEliminarVamos ver até quando vou sonhando, ou até onde é que o sonho me leva, por enquanto escrever é um bálsamo, mas às vezes já é um misto entre o desânimo e a coragem.
Também o melhor para ti
querido amigo, grata mais uma vez pelas tuas palavras de estímulo.
beijos