quinta-feira, 13 de março de 2014

Tantas marés...



  • a vida tem tantas marés...

    a vida tem tantas marés

    sinto-lhe o pulsar

    minhas palavras sulcam terra e mar

    audaciosas, sem temor,

    vêm ao ouvido sussurrar

    como é bom viver com amor

    palavras que são orvalho da minha alma

    são a chama que me aquece,

    e «nunca se esquece que a vida palpita»

    d'amor e saudade,

    faço delas minha prece, enquanto

    meu coração de exaltação grita.

    lembranças duma data já sumida

    vozes de vida perdida, olhares que deixaram de existir

    desmaiados traços de rostos,

    tudo desarvorado na memória a querer emergir,

    nesta busca inefável dos sentidos,

    lembranças numa infinidade de molduras

    que o tempo não apagou,

    ternuras e sonhos que o tempo calou.

    há momentos sem idade, e

    «nunca se esquece que a vida palpita»

    só quem viveu, sabe, que a saudade

    é luz que na aurora, alumia o caminho afora

    é sentimento que no coração não cabe.

    ah! esta dor de lembrar que me consome

    sem nome, nem idade,

    comparável ao desamor, que assim,

    habitará para sempre em mim

    envelhecida na saudade.

    natalia nuno


2 comentários:

  1. Olá Natália.

    As marés vão continuar
    Nessa tua vida a correr
    Sempre no gostoso amar
    Da forma de a sentir e viver!

    Tenho calcorreado imensos poemas e saberes, mas os teus são ímpares, na forma de os cantar, e dizer! Os “calos” da alma, neste caso são uma bênção!

    Beijinhos

    João

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  2. Precisava ouvir as palavras que aqui me deixas, estou com pouco ânimo e a pensar que nada disto vale seja o que fôr.
    escrevo e fico sem vontade de partilhar, aqui vou continuar mas estou a pensar desistir dos outros sítios.
    Obrigada pelo estímulo, bem que necessitava dele, uma bênção é ter-te como amigo.

    beijinhos

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