a vida tem tantas marés...
a vida tem tantas marés
sinto-lhe o pulsar
minhas palavras sulcam terra e mar
audaciosas, sem temor,
vêm ao ouvido sussurrar
como é bom viver com amor
palavras que são orvalho da minha alma
são a chama que me aquece,
e «nunca se esquece que a vida palpita»
d'amor e saudade,
faço delas minha prece, enquanto
meu coração de exaltação grita.
lembranças duma data já sumida
vozes de vida perdida, olhares que deixaram de existir
desmaiados traços de rostos,
tudo desarvorado na memória a querer emergir,
nesta busca inefável dos sentidos,
lembranças numa infinidade de molduras
que o tempo não apagou,
ternuras e sonhos que o tempo calou.
há momentos sem idade, e
«nunca se esquece que a vida palpita»
só quem viveu, sabe, que a saudade
é luz que na aurora, alumia o caminho afora
é sentimento que no coração não cabe.
ah! esta dor de lembrar que me consome
sem nome, nem idade,
comparável ao desamor, que assim,
habitará para sempre em mim
envelhecida na saudade.
natalia nuno
palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
Olá Natália.
ResponderEliminarAs marés vão continuar
Nessa tua vida a correr
Sempre no gostoso amar
Da forma de a sentir e viver!
Tenho calcorreado imensos poemas e saberes, mas os teus são ímpares, na forma de os cantar, e dizer! Os “calos” da alma, neste caso são uma bênção!
Beijinhos
João
Precisava ouvir as palavras que aqui me deixas, estou com pouco ânimo e a pensar que nada disto vale seja o que fôr.
ResponderEliminarescrevo e fico sem vontade de partilhar, aqui vou continuar mas estou a pensar desistir dos outros sítios.
Obrigada pelo estímulo, bem que necessitava dele, uma bênção é ter-te como amigo.
beijinhos