sábado, 26 de maio de 2012

RASGO A CARNE COMO LOUCA



Esta minha falta de jeito
Deixa-me os braços caídos
Os sonhos vencidos
E a solidão no peito.
Sinto em mim a revolta
Nas horas me deixo arrastar
O que foi já não volta
Fantasmas me vêem tocar.

Esta minha falta de jeito
Deixa-me a cabeça oca
Percorro a saudade a eito
Rasgo a carne como louca.
Entro em raiva e desespero
Mas sou forte, vou vencer!
Mato o tempo e espero
Uma razão para viver.

Esta minha falta de jeito
Este meu grito sem idade
Sai de mim rebenta a grade
E grita, grita a preceito
E abre em mim brechas mil
Reclamando asas que não tenho
Liberdade que vem de Abril
Lá longe de onde venho.

natalia nuno
rosafogo
imagem da net

3 comentários:

  1. Olá Natália

    O gelo percorre tuas veias
    Que as palavras dão eco
    A vida está paredes meias
    A crer ficar presa num beco.

    Mas a alma do poeta não tem dono
    Nem raios ou espadas a pode vencer
    Tormentas agruras lhe tiram o sono
    Nem os desesperos a fazem morrer

    O poeta nunca morre
    As palavras viram vento
    É como água que escorre
    E nunca seca com o tempo.

    Beijo.

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  2. Obrigada pelas belas quadras que colocarei no «Orvalhadas de Saudade»

    Beijinho querida amiga

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  3. Olá Natália
    Uma rectificação. Amigo!
    Beijo

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