domingo, 27 de maio de 2012

INSTANTES ACHADOS



Silenciam-se as cigarras
Passa o vento nos canaviais
Já a noite enlanguesce
Sombras na terra, nos ramos nas parras
Adormecem os pardais
E já a lua desce.
E a memória esquece
Morre o dia, é tempo passado
Deixa o ar de aromas perfumado
E a vida é como o troar dum tambor
Ou se aceita ou se nega
Jorrando no peito o amor
ou a dor
Ou já a morte nos pega.

E os sonhos sonhados
do anoitecer à madrugada
São tudo ou nada
Instantes achados,
pássaros tristes sem vôo.
Sangue que nas minhas veias
secou.

natalia nuno
rosafogo

4 comentários:

  1. Olá Natália

    A vida é um instante
    Em versos proclamados
    Não se lhe passa adiante
    Por tudo que é achado.

    Morre a noite morre o dia
    Tudo na vida é momento
    Resta a luz que nos guia
    E Alumia o pensamento.

    Os sonhos são alvoradas
    Que devemos sempre ter
    Pois com vidas apagadas
    Faz a melancolia crescer.

    Teus poemas calam fundo
    E vão de encontro ao vento
    Que num abraço profundo
    Te dás a cada momento!

    O AMIGO, Pétala.

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  2. Meu amigo

    Da poesia não prescindo
    Ela é minha fome,meu pão
    Mas nem com ela deslindo
    O que me vai no coração.

    Grata pelas tuas belas trovas, vou colocar no «OrvalhosPoesia»

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  3. Olá Manuel, é bom receber tua visita, grata pelo apreço, bom saber da tua opinião.

    Beijo

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