quarta-feira, 25 de abril de 2012

O CHÃO AINDA É O MESMO




O aroma acre a lenha queimada
Os pirilampos ao crepúsculo
De tudo guardo recordação
Da minha terra amada.
Volta a inspiração,
ao meu espírito criador
ao meu estado de alma sonhador.

Reacendo o amor à Poesia
Fecho os olhos na esperança
do sonho me fazer companhia.
Na lembrança,
uma emoção sombria.
E melancólico passa o vento
p'los choupos em seu lamento.
A cadeira vazia,
um  choro baixinho
um surdo gemido
E o aroma de flor de laranjeira
desvanecido.
A roupa cora estendida no chão,
cheirando a sabão.
Estala de alegria meu coração.

A urze prestes a florir
Fito as nesgas de sol poente
Ouço um gaio que canta roufenho
Olho o bulíçio da minha gente
E o tocar do sino com arte e engenho.
Desfilam pela mente
mil e uma recordações,
Manifesto livremente minhas emoções.
Uma réstia de luz sobre meu sonho
inundado de poeira...
E a saudade sempre por companheira.

rosafogo
natalia nuno
imagem da net.









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