quinta-feira, 3 de novembro de 2011

AO LONGE...(pequena prosa)

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Um dia não precisei mais de chorar, era menina de sete anos de idade, tinha meu vestido vermelho
e fui à escola no dia seguinte, devo ter-me achado uma senhora, pois não chorei mais por bonecas que não tive. O meu coração batia descompassadamente, mas feliz criei em mim novas esperanças, afinal ía começar uma nova etapa. Ainda agora remexo nessas minhas feridas, mas recordo  também os caracóis que deslizavam pelas costas, esqueço os presentes que sonhei receber, lembro o tique taque do relógio de parede da sala de aula. Ah... e como recordo tão bem as primeiras letras que consegui
rabiscar, olhei e acreditei que um dia as transformaria em Poesia. Assim quando o sol nasce e o céu está limpo, eu fico serena de pés descalços no regato de água clara e os sonhos voam altos, como o pássaro suspenso da árvore.

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