segunda-feira, 6 de junho de 2011

UM SONHO



Foge a Vida, que maldade!
Passam as horas fugidías
Embarquei na tempestade
Agora são parcos meus dias.
Bebo o silêncio do luar
O pensamento é meu algoz
No rosto a lágrima a rolar
Enquanto o tempo corre veloz.

Trago comigo aziaga estrela
Que insiste em armar-me o laço
Fingindo que por mim vela
Finge-se amiga segue-me o passo.
Fecho os olhos e sinto o vazio
E a saudade se acomoda no peito
Nas veias sempre o mesmo calafrio
Fica a Vida deste jeito.

O que vai p'ra além deste dia?
Já nada, que a mim importe!?
Tão sómente a Morte fria!
Mas eu? Mais que ela serei forte!

Minha saudade se veste de veludo
Recordar é um doer risonho
Na Vida faltou-me um pouco de tudo
Pouco mais que nada. Um Sonho.

natalia nuno
rosafogo

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