domingo, 29 de maio de 2011

NÃO CANSO



Na solidão deste meu mar
O medo instala-se como nós

Não canso neste encanto de amar
E digo até me enrouquecer a voz.


Em ti vejo o sol brilhar
Quero ver o que não estou vendo
Não canso neste encanto de amar
Olho tua indiferença, não estou crendo


Este o meu derradeiro olhar
Lanço meus murmúrios ao vento
Não canso neste encanto de amar
Tu ficas neste nostálgico lamento.


Não me importo de esperar
Em ti vejo toda a minha vida
Não canso neste encanto de amar
Olhando além do nada, a despedida.


E se meu olhar se apagar
Levo com ele teu corpo de quimera
Não canso neste encanto de amar
Em ti vejo ainda a minha Primavera.


Meu caminho e hora hão-de acabar
Num dia em que o vento vira norte
Não canso neste encanto de amar
Venha o vento me rasgue, traga a morte.


rosafogo
natalia nuno

2 comentários:

  1. Por aí
    sentiremos o vento
    que nos refresca e acalma
    nos dá alento
    para que o vazio se possa transpor
    nos leve ao interior da nossa alma
    que nada se possa opor
    e tudo em nosso redor
    se transforme em amor...

    Beijo.

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  2. Lindissimo poema da vida que quer se queira quer não, nos alegrias, tristezas e também saúdades.

    Felicitações, Rosafogo

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