quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

POEMA TRISTE



É um poema triste
Gosta de ser!
Mas é talvez forte...
Um poema que encara a morte.
E não se importa de morrer.

Ninguém lhe pode tocar
Foi talhado com  verdade
É verso preliminar
Tráz com ele tanta saudade.

É selvagem em campo aberto
Poema por agora encoberto.

Não é obra de nenhum escultor
Nem tão pouco de algum pintor
Mas há nele bandos de mariposas
Borboletas vaporosas
E foi criado com amor.

Dá voltas
e reviravoltas
É talvez como um sonho imaginado
Relutante em deixar de sonhar

Vou terminá-lo com cuidado.
É um estranho, que me bate à porta
E que eu convido a entrar.

Nesta hora morta?
O poema continua na sua tristeza
Deambula agora sem certeza.
Aproximo-me dele  dócil mas impotente
As sombras já vão longas no relvado

E ele calado...
Olha-me pensando que estou demente.

rosafogo
natalia nuno

imagem retirada do blog-imagens para
decoupage.

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