palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
SUJEITO QUE SOU
SUJEITO QUE SOU
Ao nascer da terra o grão
Não conta com a agitação do vento
Prende as raízes ao chão!
Mas a vida faz-lhe chamamento.
Solta-se louco à claridade
Tal como meu coração se solta
Em volta da voz da saudade.
Indiferente às vezes morre!
Procurando por liberdade.
Outras, atrás da felicidade corre.
Desata o grão a crescer
E é já botão aberto
E é ganhar ou perder
Que o desfolhar está por perto.
Sinto em mim a acontecer
O caminho pró esquecimento
O florescer e o anoitecer...
Que passam rápidos como o vento.
Ainda ontem era ouro
Não haverá renovar dos frutos
A vida é um tesouro
Contam horas e minutos.
E o grão é memória sómente
E esta passa de raspão
Pobre nascer da semente,
Que pregou raízes ao chão.
A Vida leva tudo à sua frente
A seiva é um sonho intruso
A vontade é inexistente
E a esperança um sentimento confuso.
Já a morte está à espreita
Já se encurta o dia
Já a passagem é estreita
Já a solidão se inicia.
Sou minha sombra... sombria!
natalia nuno
rosafogo.
Sem comentários:
Enviar um comentário