lentíssimo verão,
silêncio envelhecido
poema revivido
pobre coração!
poema que atraiçoa
servil em trazer a dor
não há dor que não doa
quando o assunto é amor
minhas letras molhadas
de lágrimas choradas
afogam-me perdida
pernoita no coração a ferida
choro por mim
desilusão no olhar
já fui flor de jardim
despedaça-me o tempo por fim
ao silêncio encostada
este me devora
amar não, não é ser amada
o amor vem e vai embora
memórias desarrumadas
neste poema onde esvaziei
lembranças perfumadas
que com carinho te dei.
natalia nuno
imagem pinterest
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