lembro quando os pirilampos
corriam à minha frente
iluminando o caminho
e eu inocentemente corria
e a terra já dormia
as estrelas olhavam-me do céu
o vento brincava nos meus cabelos
que caíam em anéis espessos
e meu riso soava doce
lembro-me como se hoje fosse,
o orvalho tombava do céu
tão puro quanto eu.
já dormiam os vivos
os pássaros recolhidos no ramo
só os pirilampos me faziam companhia
também o som das águas do rio que da janela
ouvia...
o vento sempre me fala da saudade
saudade do freixo, saudade do açude
e da menina que nos sonhos vejo
a atravessá-lo amiúde,
quanto maior é a solidão
e o sonho ilusão
volto à meninice, onde os pássaros cantam melhor
e o rio chama por mim
eu sonhadora lá acudo ao chamamento
e vou ao lugar de onde vim
e se por ventura o moinho ainda chora
interrogo o vento na hora
invento,
invento como se os pirilampos
ainda estivessem por perto
e com o coração aberto
tudo o resto passa ao lado
dos meus olhos fechados
.....................
tudo isto sonha o poeta
mas o poeta não sabe nada
fala por ele a saudade, quando
faz poemas na madrugada
saudade é sua chuva, seu sol,
seu ânimo para qualquer ocasião
é o acomodar a paz no coração.
palavras e lembranças, adoçam-me a boca
aos ouvidos fazem cantar os pintassilgos
docemente... e assim, ainda me sinto gente!
neste mundo meu, há lírios que a memória retém
que só eu vejo crescer, que serão o embalo
do inverno que aí vem...
natália nuno
rosafgo
ainda estivessem por perto
e com o coração aberto
tudo o resto passa ao lado
dos meus olhos fechados
.....................
tudo isto sonha o poeta
mas o poeta não sabe nada
fala por ele a saudade, quando
faz poemas na madrugada
saudade é sua chuva, seu sol,
seu ânimo para qualquer ocasião
é o acomodar a paz no coração.
palavras e lembranças, adoçam-me a boca
aos ouvidos fazem cantar os pintassilgos
docemente... e assim, ainda me sinto gente!
neste mundo meu, há lírios que a memória retém
que só eu vejo crescer, que serão o embalo
do inverno que aí vem...
natália nuno
rosafgo
Olá Natália
ResponderEliminarPoema maravilhoso na sua leitura mas sobretudo no seu conteúdo em tudo aquilo que transmite, e é tanto! Tudo de bom que a memória retém, é, e será sempre fonte de vida! Nas horas em que a solidão mais amarga queira cobrir-te com a sua neblina, refugia-te nestes e outros momentos bons da tua vida! As boas recordações serão sempre um dos melhores remédios naturais e que mais poder tem para manter a mente forte e saudável!
Ainda sobre a tua resposta no poema anterior.
A verdadeira amizade é aquela que tudo dá, que está sempre presente, mas sem nunca esperar qualquer espécie de retorno. É assim que pauto a minha vida no plano real bem como aqui no mundo virtual. Sente como dado esse teu abraço que recebo com gosto. Como o mundo seria diferente se as pessoas se pautassem por princípios puros como estes.
Palavras como: desistir, não posso, não consigo, não sou capaz, devem ser abolida do nosso vocabulário em qualquer idade. Quando queremos, muito ou pouco, tudo conseguimos!
Que a vida te sorria sempre, e possas sorrir sempre para a vida!
Tudo de bom
Beijinhos
"mas o poeta não sabe nada"
ResponderEliminarNada sabe o poeta, mas escreve tão bem que a gente pensa que é abundante de sabedoria.
Belas palavras.
Abraços poéticos.
Olá João
ResponderEliminarSempre grata pelas tuas palavras, sobre as quais medito e vejo como sou frágil na realidade, tempos em que tudo esqueço e outras em que desanimo com frequência, grata por poder contar contigo, com tua amizade que prezo, és meu grande amigo.
Desejo que tenhas uma época natalícia, com paz, e amor.
Um grande beijinho
Olá Chellot
ResponderEliminarAgradeço a visita e o comentário precioso que o amigo me deixou...grata pelo apreço ao poema,seja sempre bem vindo.
Boas Festas para si