os dias parecem longos
sobretudo quando as flores morrem depressa
e logo a ânsia com que a saudade regressa...
espreguiçam-se as recordações na memória
e longas são as emoções.
vai a morrer a tarde, sigo contigo
de mão na mão, cabelos ao vento
e tu acendes em mim o desejo
dum beijo, outro beijo, e eu sonhando possuo o mundo
neste desejo tão profundo...
os dias parecem longos, passo por eles a medo
a dor não passa, a dor da saudade
desse amor, que vou recordando em segredo.
os dias passam... para mim minto
crendo que ainda plantarei flores na primavera
à chegada dos pássaros dir-te-ei o que sinto
e assim, remoendo o tempo, reenvento sonhos
à tua espera...
os dias não me trazem recados teus
por detrás das cortinas há lampejos de lua
deixam remediados os sonhos meus,
é a hora da loucura, dos abraços,
dias repetidos de saudade nua
da carne a envelhecer ...do sonho a morrer.
o tempo, vai agora bordando o silêncio
é tempo do coração quieto e sereno, da solidão
e dos dias que parecem longos, doridos, vazios,
onde adormeceram as emoções, uma ou outra dor ainda,
uma peregrinação de recordações.
natália nuno
rosafogo
Todas as esperas são terrivelmente difíceis, elas quebram o coração e dilaceram a alma.
ResponderEliminarNostálgico, sofrido e muito, muito belo poema.
Beijinhos
Maria
Fantásticas suas palavras de apreço Maria, é como se depositasse uma coisa muito doce em meu coração...muito obrigada.
ResponderEliminarBeijinho grata pela visita