olho este poente cinzento, sem fim
e sinto a vibração da poesia
tão íntima e intensa em mim
sussurra-me ao ouvido
que entre névoas, chegará,
para que eu fique cativa
e possa continuar viva
com a certeza que meu coração
sempre a albergará
às vezes ela se ausenta
deixa-me assim com o destino
dos meus passos
outras vezes ela comigo se senta
nas horas difíceis me acolhe em seus
braços
com os meus versos fico então,
como que escudada da dor
desafiam-me e levam-me p'la mão.
nada me quebranta então
evoco memórias
esqueço a solidão.
natalia nuno