hoje escrevo versos de silêncio
calados cá dentro do peito
cinzentos como a neblina do dia
vou amaciando-os ao meu jeito
nesta luz de outono
gritantes de nostalgia
que se despenha no meu corpo
desistem de mim as forças
o tempo flui e não pára
preciso de sol que me encandeie a pele
acariciando-me como doce mel
a vida é um barco de lenços acenando
que na fúria deste mar vai partindo
já pouco há que celebrar
a viagem findou
e eu com ela findo
na memória aprisionei o céu de Setembro
e o pôr do sol ao fim do dia
para ver se sempre me lembro
e se a memória não se extravia
a quimera nunca mais quis ser quimera
e eu sonho chegar à próxima Primavera
natalia nuno
rosafogo
imagem pinterest
Boa tarde de paz, querida amiga Natália!
ResponderEliminarEu também preciso de sol para acariciar minha pele dourada.
Vamos vivendo ou aguardando a Primavera no coração.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos com carinho fraterno