meus sonhos empobrecidos
queixam-se de abandono
e desamparo,
sonhos que busco em vão,
habitam no porão
da mente, em labirinto,
sigo em frente,
com toda a minha cegueira
interrogo-me incessantemente
diante do espelho, negação,
chove-me na alma
avanço, levando a saudade
à minha beira.
a imobilidade rodeia-me
nas janelas da insónia o medo
é minha prisão
viver assim, não quero não!
aromas silvestres
voltam de novo é primavera
esqueço o longo inverno
e mais uma pincelada de sol me espera
sorrio à luz que me acaricia
é como se a juventude ficasse
em mim por mais um dia.
natalia nuno
rosafogo
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