há rostos que se cruzam
com uma indiferença cinzenta,
da côr do dia de hoje
frio e de solidão,
também a vontade me foge,
nesta tarde pardacenta
até que a vida me devolva
a paixão por ela,
perdida encosto o rosto
á janela,
tudo me parece nu
e um sentimento cru,
lembra-me um último encontro
lentíssimos os pensamentos
perdidos os nomes na lembrança
perdida a fé e a esperança
gastas as cartas, onde era rei
o verbo amar,
dói na memória,
é tudo quanto sei, e não posso calar.
cresce a manhã, aguardo milagre
que a vida se consagre.
natalia nuno
rosafogo
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