quem são nas noites
meus companheiros?
a chuva e o vento
e as vidraças embaciadas,
os velhos candeeiros
e as velhas fotos desbotadas
um relógio que já não dá horas
e uma inquietante ansiedade
rostos do passado que me olham
com saudade...
pensamentos a subir e a descer
rondam condenados
ruas intermináveis da mente
minhas mãos a escrever
o que o coração dita, e o que ele sente
e minha insónia que não quebra
mais distante um sonho
já esquecido,
senta-se de novo a meu lado
e assim a vida tem sido
este sonho ensimesmado.
natalia nuno
rosafogo
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