segunda-feira, 15 de maio de 2023

ecos vazios...



vagueia a memória numa rajada de vento
até ao último suspiro, até ao esquecimento,
restam as palavras que invento
foi a vida ora tranquila 
ora triste e incerta
rotineira, e ainda assim tão fugaz
como vento que me desperta
me atira para parte incerta
de onde fugir, não sou capaz.

final tortuoso, onde deixei de ser
para apenas parecer.
e o vento murmura para si
«lamento mas esta estrada abrupta é para ti»
ecos vazios ao relento
e cá dentro, um perfume de ansiedade
e a bater, um coração de saudade.

nnuno


3 comentários:

  1. Um poema fabuloso! Obrigada pela partilha :)
    .
    Um paraíso dentro do meu pensamento
    .
    Beijos. Votos de uma excelente semana.

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  2. Olá, querida amiga Natália!
    "foi a vida ora tranquila, ora triste e incerta, rotineira e ainda assim tão fugaz"...
    Muitas vezes, não emos força suficiente para iniciarmos novos rumos e nos tornamos escravos da rotina sem graça.
    Um poema de vida...
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Beijinhos

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  3. Grata pelo vosso carinho, bem hajam
    Grande beijinho amiga Cidália e amiga Roselia.

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