ouço o marulhar das águas
quedo-me nesta envolvente humidade
em cada palpitação as mágoas
afundadas na saudade
sobrevoam aves migratórias
abandono-me à nostalgia
levam para longe minhas histórias
e cada sombra me recorda
- que nem é noite nem é dia!
corre a solidão por perto
corroendo a minha mente
ausência de vida, deserto
o meu coração sente.
aqui estou parada
na armadilha do tempo caída
o destino dá a sua gargalhada
de vingança, mais forte que a vida.
cansada, de não ser útil para nada
desgastada, pela ferrugem e pelo frio
que mãos me ousam tocar?
deixaram-me neste rio
como tão pouco duradoiro é o amor!
só a memória dos dias nos lembra
o que foi amar...
natalia nuno
Boa noite de sábado querida amiga Natália!
ResponderEliminar"... ausência de vida, deserto o meu coração sente."
Estava lendo poemas de barcos, mar, cais... que feliz coincidência!
Mais um lindo poema a nos encantar.
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos
Obrigada amiga Roselia, também desejo que te encontres bem.
ResponderEliminarJá estou na aldeia e amanhã regresso a casa se Deus quiser, depois irei ler alguns amigos com mais calma, tudo o que tens depois de me ausentar.
Fica bem boa semana
Beijinho
ResponderEliminarOlá, Natália!
Viver de boas saudades é um privilégio. Quando isso acontece é sinal de que aproveitou a vida em plenitude!
Espero e desejo que no futuro essas boas saudades se continue a fazer sentir de forma bem presente!
Nesta quadra pascal venho deixar e renovar o quanto gosto de ti e da tua escrita. Que a vida continue a ser generosa para contigo bem como a todos que amas. Sei que os anos passam e as dificuldades cada vez serão maiores, mas o teu interior terá sempre formas de se adaptar e resistir a todas as intempéries da vida. Sabes que podes contar sempre comigo!
Feliz Páscoa.
O sempre amigo, João
Olá querido amigo, foi uma bela surpresa a tua presença e as tuas palavras que sempre me animam, obrigada por poder contar contigo, és um ser fantástico, muito generoso e também eu não te esqueço. Como deves calcular, não é fácil encarar tudo o que vai surgindo dia a dia, dado que o tempo faz estragos que doem no corpo e na alma, tudo se torna mais melancólico, a vontade para tudo é menor, e não é fácil. Quando somos novos pensamos que tudo isto são problemas menores, e não nos vão afectar nunca... a nós?! Não! Mas quando chega a nossa vez, sabemos então que não somos diferentes. Por enquanto ainda gosto de viajar, mas é muito cansativo, terei de desistir, mais ano, menos ano, felizmente a cabeça funciona bem, mas fisicamente, tenho-me ressentido bastante. As tuas palavras vieram em boa altura, fico grata sempre, és um bom amigo, Deus te proteja João, desejo-te igualmente uma boa Páscoa, e boa saúde.
ResponderEliminarUm caloroso abraço, obrigada por seres esse amigo que não nos decepciona nunca, e sempre nos traz uma palavra carinhosa.