em cada palpitação do meu corpo vivo,
ouço o marulhar das águas
onde não existe medo, e as mágoas
seguem num lento vapor,
correm nas minhas veias
resta em mim, um leve estertor
e frágeis pensamentos
como emaranhadas teias.
mas este meu corpo que vive e que morre
vai esquecendo os tormentos
da prisão dos seus passos
e a memória já confunde,
se o porvir é uma gargalhada
ou se cai na armadilha do tempo,
espera ainda, que a felicidade o inunde
e o sonho seja a porta que não está fechada
cansada, muito cansada, envelhecendo
ocultando os instantes
mais amargos, caindo, caindo
lembrando sonhos distantes
ora chorando, ora sorrindo,
é assim em cada palpitação.
este corpo como uma casa esquecida
que meus olhos não querem ver
já um dia teve vida
agora é o que é, a solidão nele a crescer
sem tréguas, grito o meu nome em vão
pois dele resta-me a recordação
refugio-me no poema
que corre nos meus olhos
secos e desmesurados
onde o tema, sempre é a saudade
que me golpeia sem descanso
perto de mim e tão perdida
sigo e avanço
mesmo caída, caída!
natalia nuno
rosafogo
a saudade
ResponderEliminarque me golpeia sem descanso
perto de mim e tão perdida
sigo e avanço
mesmo caída, caída!
Bom dia de paz, querida amiga Natália!
Que versos tão coerentes como nosso jeito de ser!
Cantar a saudade é bem de quem amou ou ama.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos
Obrigada querida Roselia, a vida agora é cheia de recordações que nos permitem sonhar um pouco ainda... mas os danos causados pelo tempo, tiram-nos um pouco de vigor.
ResponderEliminarBeijinho, tudo bom.
Excelente poema. Parabéns e obrigada pela partilha!!
ResponderEliminar.
Coisas de uma Vida
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Beijos e uma boa tarde!