estes versos meus
são feitos de frágeis lágrimas
e a garganta seca dum tempo sem conta,
é tal o ardor, que os crio com saudade
e amor.
minha alma anda rente ao chão
perante a poesia e a morte,
crio poemas, de saudade e solidão
e espero que o tempo passe
fogem-me as palavras, vivo neste impasse
nem sei se o poema espera
ou desespera, segue-me submisso
no caminho traçado,
vivemos o mesmo feitiço, o mesmo fado.
estamos no caminho da subida
é tempo de partida...
sento-me no cadeirão
chegam horas lentas, de solidão definitiva
orfã deste instante
já não sei se o tempo que me ensombra o olhar
me tem morta ou viva
quando as palavras perderem o sentido
e a escuridão em nós se acender
não será já, tempo de viver,
então o poema e o poeta ficarão no esquecido
restará repleta solidão,
em mim a vida calará
e jamais de mim ou do poema
alguém lembrará!
natalia nuno
rosafogo
imagem pinterest
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