na tranquila tarde o sol ateia
meu coração pula alheio
ao que o rodeia...
meus olhos sem receio
despedindo-se das vidraças.
e no esgaçar da memória
lembro-me de momentos
em que me abraças.
foge-nos o tempo de sorrir
aproxima-nos o tempo de ir
dói-nos o peso da verdade
alguma amargura, esperança pouca
e tanta saudade,
tanta coisa por dizer
mas seca-se-nos a boca.
há um rumor de beijos no ar
que nos faz lembrar nossa primavera
quando contava os segundos para ver-te chegar
que feliz eu era!
agora, neste entardecer, há um eterno sentir
num canto do coração meio adormecido
que ainda nos faz sorrir
ao lembrar nosso amor colorido.
fico dorida a pensar
no sacudir da vida
lançando-nos na poeira do esquecimento
como fruta que ficou no pomar esquecida
onde já nada germina,
onde não sou mais menina
nem brilha meu olhar como estrelas e o luar
hoje prenhe de fantasias
invento palavras loucas
que para lembrar-te são sempre poucas.
natalia nuno
imagem pinterest
Boa tarde de muita paz, querida amiga Natália!
ResponderEliminarHá mesmo muito a dizer e nosso ser se cala, por achar mais sensato e para não ferir, muitas vezes.
"meu coração pula alheio
ao que o rodeia..."
Sempre com extrema sensibilidade nas poesias ou textos poéticos. Lindo de se ler!
Tenha novos dias abençoados!
Beijinhos com carinho de gratidão e estima
Poema lindíssimo que muito gostei de ler.
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Obrigada amigo Ricardo, pelas palavras de incentivo.
ResponderEliminarcumprimentos, desejo saúde
Agradeço querida amiga Rosélia, as palavras gentis que sempre me deixas.
ResponderEliminarTudo bom para ti
um grande beijinho