minhas penas
minha alma as sente
contente ou descontente
sobeja apenas este remar sem parança
esta confusa lágrima
feita de água negra e dura
de saudade e ternura
dum tempo que passou
e deixou ferida aberta
que inda agora o peito alerta.
tudo ficou para trás
como um sonho que ocupa a distância
e agora apenas a luz entre a luz do caminho
dessa infância...
a afastar-se e a levar-me ao esquecimento.
hoje convertida noutro ser
ainda me pergunto e lamento
como me posso proteger
de atiçados ventos?!
e uma resignação sem medida
me atira para os braços da solidão.
disposta ao silêncio fica a vida.
só o coração é refúgio
onde ainda há amor
que afoga a tristeza
e cala a dor.
natália nuno
rosafogo
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