o dia cinzento, dita-me em silêncio a nostalgia
assoma caprichoso trazendo da noite o rancor
quem sabe seja amanhã outro dia
com ternura volte o sol, acabe a dor
traga certeza de sonhos e alegria
e me dê a luminosidade que já tive
já que minha alma navega
e meu coração ainda vive.
vive da luz do orvalho nascente
da cintilação dos astros
bate como o piar insistente
duma andorinha cantando na primavera,
acabando com a abulia da espera.
trago em mim um veleiro chamado saudade
e de viver uma obstinada vontade
uma imensidade febre de amar,
uma vontade de beber o sol
e como o vento percorrer os confins do mundo
acabar com este sonambulismo profundo
a que não me acostumarei, é o sonho que me diz!
quero ouvir a voz da natureza
e num voo livre de pintassilgo... ser feliz!
natalia nuno
rosafogo
Vontade intensa em linda poesia! beijos, feliz Março, chica
ResponderEliminarUm dia cinzento como mote para a elaboração de um poema sublime que me fascinou ler.
ResponderEliminar.
Abraço poético.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Vim beber um pouco dessa tua suave nostalgia, Natália.
ResponderEliminarAbraço-te, amiga!