quarta-feira, 31 de março de 2021

mar de solidão...




a voz afogada,
mergulhada num mar de solidão
a mente agitada
e o coração 
como se fosse de vidro,
um nó apertando no peito
cortando a respiração
vida sem jeito e sem sentido.

do tempo a ficar refém
com medo de quebrar
como se alguém
quisesse silenciar
memórias...
sozinha do lado do deserto
o rosto inexpressivo sem idade
e agiganta-se a felicidade
ali tão perto!
tantas reminiscências
tanta saudade...
sonhos que não voltarão a nascer
o tudo e o nada a razão de ser
o pulsar da magia que é viver.

natalia nuno
rosafogo

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