em linhas ordenadas
escrevo este poema com linhas
desirmanadas, acato que o espelho
me engane, seja comigo desleal
diga que o tempo é que é velho
e ele embaciado!... e que eu estou igual!
desisto de apagar seja o que fôr
existirá sempre este amor-ódio
já no espelho não me reconheço
nem nestas palavras desarrumadas,
desirmanadas...
há uma dor que sopra fina
alguma coisa dentro de mim
a quer-me sempre menina
e assim, a não deixar-me morrer.
fico de asas caídas
nada me oferece longevidade
uma vida, tantas vidas
e, eu morrendo de saudade!
na fuga irremediável dos dias,
lá se afogam minhas alegrias.
natalia nuno
rosafogo
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