erguem-se muros de tédio
há sombras a espreitar-me o rosto
maldição a minha, sempre
de caneta na mão
a vida sem remédio
meu tempo é de cinza e, lamento
o sonho açoitado p'lo vento
sou árvore sem raiz
torvelinho de emoções
inúteis os cansaços, ave cativa
só com a saudade dos abraços
as recordações, me mantêm viva
cruzo o silêncio
meus últimos passos
na derradeira estação
perdida a tentar encontrar-me
na espera que o tempo me peça perdão
e deixe de espiar-me.
natalia nuno
rosafogo
ResponderEliminarCom os abraços e beijos proibidos em função da Pandemia, resta-nos as recordações de quem amamos. Poema sentido, muito bonito de ler.
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Cumprimentos poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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