há sempre um silêncio pronto a atacar-lhe a solidão, sempre a acompanhar-lhe os passos e a cortar-lhe o coração, voejam com ela pássaros pretos que atravessam o vento e deixam-lhe o pensamento cosendo e descosendo lembranças, trazendo-lhe mil recados de tempos amados, dos seus brincos de princesa, do baloiço da oliveira, do rio ali à beira, e a certeza dos besouros arrecadados, do pés descalços, da amoras dos silvados e das horas atrás dos vidros embaciados...há um silêncio que a faz morrer de cansaço, sabe que o sonho é sempre de ida e volta à realidade e ao abrigo dos sustos carrega nela a saudade... as asas andam p'lo chão mas, hoje traz um silêncio fresco no coração.
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