encosto-me aos dias, perdida
de mim as horas passam devagar
faço romagem ao passado
relembro recantos de onde vim
e de tanto caminhar,
aperta-se um nó no peito
fica a alma um deserto magoado
já tardadas, mas esperadas
surgem as inquietações
esqueço os sonhos e as ilusões
fico em silêncio, já não sou ave livre
sou sim a que vive
presa neste corpo para sempre
os passos já se me quebram
cumpriram tantos caminhos!
e em todos descobri
que não há rosas sem espinhos.
apaga-se a vida devagar
mas sobrevive o meu amor por ti.
que te posso eu oferecer
a troco dum olhar?
ofereço-te o céu imenso, ou os raios do sol
sobre o mar
resta-me a a satisfação audaz
que para sempre me amarás.
natalia nuno
rosafogo
Não será melhor pensar no presente a fim de acautelar o futuro? O passado é isso mesmo... passado
ResponderEliminarCumprimentos