já se perdem minhas folhas, neste outono tardio assoladas pelo vento da saudade... hoje ouvi as harpas do canavial, e recuperei o sorriso, subitamente vieram-me as lembranças às águas da memória, e de lembrança em lembrança voei caindo no silêncio...sento-me no chão, sou agora um vaso quase vazio onde repousam flores sem vida... e a borboleta que voeja na desordem da minha folhagem caída, pergunta-me: que fizeste da vida? fico-me silenciosa, e olho a minha triste caligrafia, as palavras caem da boca como frutos maduros, e as sílabas já não querem mais voar...é nas linhas tracejadas que me encontro de partida e as flores reinventadas, já não esperam primaveras...
natalia nuno(rosafogo)
imagem pintarest
Oi Natalia
ResponderEliminarQuando eu leio teus poemas percebo sempre um de melancolia
Como se as palavras felizes estivessem proibidas de habitar os teus encantadores poemas
Me envolvo nesta nostalgia que me encanta querida amiga
Beijinhos poéticos
Eu sei que é normalmente triste o meu modo de escrever poesia, se eu fosse capaz de entender o porquê!? Nem tento mudar este meu jeito, pois sinto que não resultaria. Na hora de escrever isolo-me no meu canto preferido, ouço música clássica e chego a emocionar-me com o que me vem à mente para colocar no papel. Porém amiga sou uma pessoa bem disposta, de bem com a vida, mas esta nostalgia é real em mim sim.
ResponderEliminarFico grata querida Gracita, se te encanta a ti e a tantos, valeu a pena ter vindo a partilha,
também me faz feliz tudo o que falam os amigos a respeito.
Beijinho desejo-te boa semana, saúde.