chegou agora à plenitude
deixou-me confusa neste outono
ai de mim, que m' afundo neste
abandono
neste torpor sem fim!
calou-se a água nos vidros
a janela perdeu a graça,
é tão grande a desdita
que dos tempos idos,
só a recordação não passa
e a saudade em mim habita.
vai a vida em seu ar distante
e cansados levo os passos
neste silêncio constante
sinto a falta dos abraços,
o amor foi um beber lento e doce
que bom seria voltar atrás
nem que por um dia fosse!
«dize-me se fores capaz»
que teu amor ainda é tenaz,
sinto-me criança perdida
trago nos olhos inquietude
por onde andará o fogo da vida?
que me sinto na sombra amiúde.
nesta obscuro agitação
nada mais resta
que viver
ouço o uivo surdo do coração
que ainda me leva a crer,
que o medo é a minha prisão.
«dize-me tu se fores capaz»
quando acaba esta minha solidão.
natalia nuno
Poesia encantadora, maravilhosa.
ResponderEliminar.
Saudação amiga
Um domingo feliz
Grata amigo!
ResponderEliminarBoa semana, meu abraço