nesta solidão quase obrigatória
que mais posso fazer
que escrever
o que me vai na memória?
os meus dedos choram e sofrem da crueldade
esperam o soar da hora da liberdade
desintegro-me numa amálgama de estilhaços
sofre meu corpo com falta de abraços,
este gume fino que me fere
o coração, que ainda pulsa!
faz-me penetrar numa escuridão
com o medo de menina pequena
que coloca a máscara
para escapar ao papão.
quero aspirar à paz e felicidade
esquecer as marcas da tristeza
e os escombros deste tempo difícil
sondo meus sonhos, e sinto
a vida a escassear,
semicerro as pálpebras e fico
a pensar como tudo é proibido,
e a perguntar-me se valeu a pena
ter vivido.
já não resta tempo, é demasiado tarde,
para responder a esta ou outra questão
porque na verdade
tudo é névoa na minha visão.
natalia nuno
rosafogo
Sublime. Um poema que me apaixonou ler.
ResponderEliminar.
Cumprimentos
Boa noite de muita paz, querida amiga Natália!
ResponderEliminarA falta de abraços nos deixa inseguros, o afeto é primordial para nos sentirmos de bem conosco e com a vida.
Com a falta de carinho, somos escombros, nada mais.
Um lido poema de desabafo e sentido na sua essência intensa.
Tenha um final de semana abençoado!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
https://espiritual-marazul.blogspot.com/