sexta-feira, 17 de abril de 2020

ontem não vimos o sol...


Ontem não vimos o sol, choveu sem violência, e ficámos a olhar o rio, esse rio que já é oceano, surgiram mais umas rugas nas têmporas, enquanto as nuvens se afogavam na luz morna da tarde. A noite é agora carvão e o horizonte já abraça o crepúsculo, e eu recordo o dia de ontem, pois a amizade me arrancou um sorriso.
Amanhã uma luz macia trará um novo dia,  eu serei o que sou por quanto tempo DEUS quiser, me enviará um sopro doce do vento para me adoçar o peito, que pende um pouco para a tristeza.
A vida vai-se prolongando
e botões de lírio (sonhos) vão despontando.
natalia nuno

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