os gemidos que saem
dos meus dedos, ninguém sabe,
ninguém ouve...são segredos,
impulsos que não venço
e cada vez mais me convenço
que me hão-de levar à loucura,
dedos que deslizam em pontas
como bailarinas, ternura,
meninas...sempre prontas
a esboçar em vôo, leves plumas
ingenuidade de quem sonha
sem certezas nenhumas...
orquestram verbos de desejo
possuem fogo no coração
meus dedos pássaros de ilusão
espalham aos quatro ventos
o acordar dos meus pensamentos
escrevem palavras de amargura
outras tantas de prazer
sorriem à minha loucura
minha alma fica ruindo
e o meu coração partindo
meus dedos lembram
um mirto florido
a enternecer meu coração
pela saudade vencido.
natalia nuno
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