à tardinha a terra é morna
rejubila o meu coração de outono
à memória sempre torna
aquele aroma da infância
onde a sonhar me abandono
trago a ânsia das estrelas
o delírio de voar
dou-me conta dos sentimentos
da saudade que não sei calar
a vida outrora dava-me alegria
como pode tudo mudar um dia?
na memória sobrevive o que amamos
o que trazemos ainda no coração
o rio, o loureiro, o carreiro
o nosso chão...
cresceu o trigo, cheira a pão
lá vou eu criança levada p'la mão
cheira a fumo, o fogo é lento
vejo as chamas a dançar
cresce-me um sorriso
afinal, nada caíu no esquecimento
natália nuno
rosafogo
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