sábado, 26 de outubro de 2019

na hora tardia...



na hora do crepúsculo há um afã inquietante, um molho de emoções dentro de nós e, um vento tranquilo que se esfuma, é o pulsar da magia, as flores fecham-se e as sombras surgem por entre os arvoredos,  e mais uma ruga taciturna no rosto...a luz do orvalho, a natureza renascendo,os vôos livres que se cruzam no ar, e um lago de palavras vai perdurando na minha memória num duro silêncio, num sossegado esquecimento, nessa luz engrinaldadas,  que a meu sonho torna feliz e minha lembrança faz florir...as lembranças são fontes de juventude que deixei dispersas pelo caminho,  filha da terra que sou, amo flores e faço-lhes versos loucos, meus olhos as beijam como quando era criança, só eu as vejo nessa luz que me encandeia quando descanso a cabeça na almofada...hoje, sou a menina solidão, menina saudade feita, de mágoa e de alegria, menina que mais que primavera é já outono, que necessita dum sonho que a sustente, nestas horas caladas, em que a solidão dói, doridamente..........................

2 comentários:


  1. Da primavera, segue-se o verão, o outono...caem as folhas, aparecem as rugas, a solidão, mas a arte das palavras será eterna.
    com saudades.
    Eduarda

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  2. Que surpresa amiga, perdi o rasto de alguns amigos que tanto estimava, quando abandonei o Lusopoemas, fico feliz por reencontrar-te, que bom, amava ler-te, agora poderei fazê-lo de novo, muito obrigada. Estou contente, pois longe de mim esta boa surpresa.

    Um beijinho óptima semana, tudo bom

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