palavras são borboletas que esvoaçam
e o meu olhar embacia enquanto passam
nos umbrais da minha alma ainda menina,
vou esculpindo versos nas noites consteladas
os anos me levam, nestas palavras devastadas
eu me reinvento, e
sonho-me a mim mesmo pequenina
escrevo um verso de saudade mais intenso
e quando esquecer o meu nome
escassa e magra será a liberdade
a memória consumida, e a vda
não pode ser mais chamada de vida,
ficarei repetindo palavras aprendidas
na memória presas, despojadas de certezas
na solidão da hora, tudo o que amei esquecerei
agora que não me tenho, as palavras se perdem
e já de nada me servem.
pertence-me o vazio das horas
o vazio das vozes que me falam
e a boca a mastigar indiferença
e na branca nudez da memória
já nem minha história!
nada sei, nada sinto, a mim mesma atada
em mim enclausurada.
e sei e sinto a direcção do vento
ouvindo-o com nostalgia
enquanto continuo esperando mais um dia
um dia de esquecimento...
natalia nuno
rosafogo
Olá Natália!
ResponderEliminarPese embora não comente com frequência não deixo de ler o que escreves. Sabes que sou um admirador da tua poesia. Cada poeta tem sua caraterística, seu estilo, e a tua caraterística e estilo muito me agradam. Poeta nunca serei, todavia nunca deixarei de beber o âmago dos grandes poetas onde te incluis!
Continua sempre a escrever pois com isso ficamos todos a ganhar.
Tudo e bom.
Beijinhos
Olá João
ResponderEliminarTudo bem contigo?
Como te fico grata, deixas-me um sorriso no rosto sempre que te encontro, não me é fácil estar sempre atenta ao blog, porque tenho saído e passam-se dias que aqui não venho, mas é sempre um orgulho receber teus elogios, embora não me sinta «grande» como dizes, mas sinto-me lisonjeada pelo teu apreço.Obrigada pelo carinho, desejo-te tudo bom, aproveita bem teu tempo, que avida nos foge rapidamente.
um beijinho João, fica bem.