segunda-feira, 6 de novembro de 2017

palavras amargas...



amarga alegria
coberta de pó
sonho rasgado
numa noite fria
e há os que riem
fingindo ter dó.

amarga ausência
de tudo e de nada
deprimente a morte
que feia e forte
um dia sem sorte
se fará anunciada.

amarga desilusão
dia a dia a crescer
sabendo de antemão
que não é nada afinal
tudo tende a desaparecer
e é tudo tão natural.

amarga decadência
do sangue da gente
e leva à desistência
gargalhada deprimente
de fel e cansaço
lento, muito lento o passo.

natalia nuno
rosafogo




2 comentários:

  1. Olá Natália

    Vim ler os teus poemas e continuo a vibrar com a qualidade dos mesmos. Digam o que disserem, tens uma forma muito peculiar de interligar a vivência com a poesia! Não está ao alcance de todos! Mas o teu talento já é reconhecido por quem realmente entende destas coisas. Caminha sempre nesta direção porque a vida continuará a sorrir-te. Tens dúvidas? Não, eu não tenho!

    Tudo de bom, e nunca deixes de olhar em frente!

    Beijinhos

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  2. Olá João

    Sabes ando pelo norte, em Bragança faz um frio enorme, nunca pensei, é mesmo já inverno a valer, ontem estive em Amarante e apesar do frio, visitei toda a cidade que é muito bela, hoje vim ver os castanheiros até Montalegre e já começo a descer, foram só uns diazinhos pois já são muito curtos e anoitece rápidamente... sabe bem sair de quando em quando. Hoje estou muito mal de internet, mas queria agradecer a tua presença e as tuas palavras de apreço que vêm sempre dar-me ânimo... presentemente parece-me a mim que já nada faço muito bem, mas vou tentando consoante meus estados de alma.

    Um grande beijinho, gosto muito de te encontrar, brevemente irei ao Beijaflor.

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