palavras escritas com o coração, em qualquer verso está vazada a saudade poética que a memória canta. A fascinação pelo campo, o idílio das águas, a inquietação o sonho, a ternura o desencanto e a luz, toda uma bagagem poética donde sobressai o sentimento saudade... motivo predilecto da poeta. visite-me também em: http://flortriste1943.blogs.sapo.pt/
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
nó na garganta...
porque não vens quando te chamo?
o sono não vem traz-me cinza ao olhar
e o peso da saudade...é porque te amo
os sonhos dissipam-se deixo de sonhar
o nó que se prende na minha garganta
tão grande, tão grande q' nem se mede
mas a esperança é tanta, tanta... tanta!
que o coração sempre mais amor pede
gira ...gira, sempre a roda da sorte
quem sabe algum dia roda da fortuna
gira esta minha vida já sem norte
longe vai o amparo de coisa alguma
quero passar da vida o resto
como um sonho, em esquecimento
esperando todo o tempo por um só gesto
doce, uma terna voz trazendo-me alento
os prazeres o tempo vai apagando
trago o bolor do tempo nos abraços
a ti me conduz, vai-me encaminhando
só ele sabe da firmeza dos meus passos
pássaros cegos em meus olhos a voar
volteiam, volteiam, bem no interior
por entre folhedo verde do meu olhar
mantêm meu rosto sem prazer nem dor
sinto o vazio nas margens da saudade
o céu acinzentou... o dia ficou pardo
se te chamo e vens, reina a felicidade
lembro-me donzela ... a flor do nardo.
natalia nuno
rosafogo
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