segunda-feira, 7 de agosto de 2017

nó na garganta...



porque não vens quando te chamo?
o sono não vem traz-me cinza ao olhar
e o peso da saudade...é porque te amo
os sonhos dissipam-se deixo de sonhar

o nó que se prende na minha garganta
tão grande, tão grande q' nem se mede
mas a esperança é tanta, tanta... tanta!
que o coração sempre mais amor pede

gira ...gira,  sempre a roda da sorte
quem sabe algum dia roda da fortuna
gira esta minha vida já sem norte
longe vai  o amparo de coisa alguma

quero passar da vida o resto
como um sonho, em esquecimento
esperando todo o tempo por um só gesto
doce, uma terna voz trazendo-me alento

os prazeres o tempo vai apagando
trago o bolor do tempo nos abraços
a ti me conduz, vai-me encaminhando
só ele sabe da firmeza dos meus passos

pássaros cegos em meus olhos a voar
volteiam, volteiam, bem no interior
por entre folhedo verde do meu olhar
mantêm  meu rosto sem prazer nem dor

sinto o vazio nas margens da saudade
o céu acinzentou... o dia ficou pardo
se te chamo e vens, reina a felicidade
lembro-me donzela ... a flor do nardo.

natalia nuno
rosafogo





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