quarta-feira, 13 de julho de 2016

sem nome...



poema rebelde e clandestino
canalha, céptico ou tacicturno
incompreendido, como o destino
é castigador...pesadelo nocturno
sem origem, sem nome...um desatino.
castiga e interfere dentro de mim
desditoso, em meu ser se sustém
traz a magia e o odor a alecrim
arrebatadamente é sonho...que não é meu
nem teu, não é de ninguém...
só da alma é confidente
trago-o entre a inspiração e meus dedos
sussurra-me aos ouvidos segredos
mas eu sei...sei que ele me mente.

porque é saudade, é longitude
e se diz presença em meu sangue
quando amiúde me entristece
e vai diluindo aquela alegria antiga
poema que é mar de fugaz felicidade
que me rodeia nas suas águas ocultas
onde me encontro com o vazio
voraz ausência,  tropeçando e caindo
me afasto cada dia mais do meu rio
e o poema vai de mim rindo...

natalia nuno
rosafogo


2 comentários:

  1. Muitos poemas são assim mesmo, difíceis e até dolorosos.
    Mas, ultrapassada a questão, podem nascer excelentes poemas como este.
    Gostei imenso, minha amiga, como sempre.
    Natália, tem um bom resto de semana.
    Beijo.

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  2. A Poesia nos enlaça, eu costumo dizer que só a morte vive connosco, mas a poesia beija-me todos os dias...fico muito orgulhosa com as palavras do Jaime e agradeço a visita
    também desejo óptimo fim de semana para o amigo
    Beijo

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