segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

verdes sonhos...do meu dia a dia



hoje é a solidão
a fazer-se em mim tempestade
e o sentimento que me abala,
a «saudade»
a perseguir-me até à morte
a deixar-me sem norte
o outono que não me larga a porta
por dá cá aquela palha
rio ou choro
não há poema que me valha.

contra esta corrida desenfreada
que é a vida... apreensiva,
trago a alma de luto vestida.

hoje tudo me é indiferente
como se nada tivesse de meu
apenas a solidão da alma,
faço olhos grossos à gente
que passa por mim,
e deixo que rajadas de vento
me levem o pensamento.

hoje ninguém é capaz de entender
porque viajo no tempo,
o desassossego que é ver
meus olhos que arrasam por tudo e
por nada,
o esconder o rosto entre as mãos
as premonições (que adivinho)
as mudanças que em mim
fazem escalada
arrancando-me sorrisos derradeiros
e tudo o que mais queria...
tudo contra mim se alia...
- foram-se
- verdes sonhos do meu dia a dia.

natalia nuno
rosafogo

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