quinta-feira, 21 de maio de 2015

a memória das coisas




Tudo ao redor
é frescura e suavidade
duma pureza angélica
tudo se reflecte no meu estado
d'alma,
esta paz idílica
que me traz saudade,
natureza luminosa
que irradia serenidade
tanta flor colorida,
perto correndo o curso d'água
e tão efémera que é a vida.

Como quem escreve aos ausentes
trago ao presente coisas do passado
lembranças das gentes
dos lugares sem semelhança
memória das coisas
de quando era criança.

Todas as coisas que se desejam
sempre tardam demais,
a primavera chegou,
- Meu Deus, tanta beleza me dais!

É a lembrar de quem já partiu
que de tudo faço lembrança,
esta, remedeia o meu frio
e veste meu coração de criança.

Sol claro, calma ardente
navego em confiança...
Há no meu olhar gratidão
por este tempo de primavera
e trago o gozo no coração
de quem... por um novo dia espera.

natalia nuno
rosafogo
escrito na aldeia 13/03/2014

2 comentários:

  1. Olá Natália

    Mais um poema onde a vida se entrelaça com memórias cujas forças ditam o estado d’alma e que terão sempre uma palavra a dizer no bem-estar intrínseco. Quem tem e guarda boas memórias é portador(a) de imensa fortuna.

    Nunca por nunca deixes perder esse manancial que existe em ti. E continuar a partilha-lo connosco!

    Espero que esteja tudo bem.

    Beijos


    ResponderEliminar

  2. Obrigada pela força que sempre retiro das tuas palavras... como sempre ando atrasada no agradecimento aos meus amigos, mas a vida é complicada...

    ès sempre bem vindo e agradeço uma vez mais as tuas palavras, beijinho

    desejo que estejas bem João.

    ResponderEliminar