domingo, 12 de outubro de 2014

odor a jasmim... recordar o passado



são poucas as palavras por dizer
sinto-as imóveis na garganta
numa desolada hesitação
e o olhar vai-se a perder
esgota-se na imensa vastidão,
insegura é minha presença
os passos o vento arrasta
a saudade de ti é imensa
cerca-me a solidão...
refugio-me na noite silenciosa
sinto na pele a falta da tua mão
como uma orfã com medo
que cresce em mim e é obsessão.

o silêncio leva-me distante
enquanto a água me ensombra os olhos
deixa em mim a tua recordação
e aquele rio de amor...
odor a jasmim nas margens, é
ternura com  que te abraças
ao meu corpo incendiado,
contemplo agora teu rosto
e sonho, com o sorriso nele derramado

prende-me o sonho colorido
por ele passam os dias da minha vida
perante meu olhar comovido
e a memória quase esquecida

natalia nuno
rosafogo

4 comentários:

  1. Recordar faz parte da vida e isto é uma constante em nosso viver. Belo demais teu poema. Linda semana.

    ResponderEliminar
  2. Olá Manuel

    Também já tinha dado pela tua falta, mas nós encontramo-nos também no face e assim vamos apreciando o que cada um escreve e eu gosto muito do que escreves.

    Grata pela visita.Bjinho. boa semana.

    ResponderEliminar
  3. É uma constante sem dúvida!
    Não trago mágoas muito pesadas do passado, bem pelo contrário, tenho boas lembranças, daí voltar lá tanta vez saudosamente.
    Grata Edith pela visita

    Beijinho, fica bem

    ResponderEliminar